sábado, 11 de dezembro de 2010

Antítese(4ª bienal da UNE).

Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Se soubesse quanto meu amor é perigoso, jamais olharia para mim com tanta ternura.
Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Se soubesse quão grande é o meu amor, quanto amei e ainda hei de amar.

Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Não sou tão frágil quanto pareço, há em mim um gigante de monstruosa sensibilidade.
Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Teu perfume está no ar, sinto ainda o calor do teu abraço.

Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Não és tão somente objeto do desejo, o que sinto transcende o universo da matéria,
Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Devaneios invade-me a alma, já não há razão senão “as razões do coração”.

Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Não posso responsabilizar-te pelo o que sinto, nem obrigar-te a amar,
Compreenda que o amor é tudo o que sinto e isso eu posso partilhar.
Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.

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