sábado, 11 de dezembro de 2010

Fome.

O tapa na cara,
Pedaço de chão,
Salto do muro,
Jeito de bicho,
Tiro no escuro,
 Lata de lixo,
Sangue no chão,
Lágrima no escuro;
Pedaço de Pão.

Perplexidade.

Bastaria-me um grande amor.
E você me apareceu assim:
Meio mito, meio gente.
Não sei se o mais surpreendente
é fada ou a mulher.
O ser fabuloso fascina e encanta.
A mulher em sua concretude feito toques,
Desejos, sensações...
Ao contrário do poeta
Já não imagino o que sinto,
Pois, tudo se fez sensação.
E a escrita não é profissão de fé;
É testemunho do que me provoca essa
Tua ambigüidade.

Procura.


Antes não havia sabido
Do acaso, do tempo, espera e revolta.
O desejo pelo amor perdido
Porta aberta para esperança morta.

Ontem já era tarde
Quando me acalmou o ardor.
Meio ausência, meio saudade.
Resistência, insistência desse amor.

Agora chove, molha o jardim
E o tempo passa devagar,
Alimentando vingança dentro de mim.

Posso esperar. Nascer não é fim
E me perco, Para te encontrar.

Por tudo isso.


Quantas vezes tive que me calar.
Fizeram-me esquecer de quase tudo
(ainda posso sonhar).
Sou anônimo, mas, sou poeta.
Por tudo isso que você não é, e não me deixa ser.
Sou poeta para reverenciar o sol,
as flores,
o amor.
Por tudo isso, sou o que sou:
Poeta!

Caetano Veloso - Você é linda

Antítese(4ª bienal da UNE).

Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Se soubesse quanto meu amor é perigoso, jamais olharia para mim com tanta ternura.
Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Se soubesse quão grande é o meu amor, quanto amei e ainda hei de amar.

Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Não sou tão frágil quanto pareço, há em mim um gigante de monstruosa sensibilidade.
Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Teu perfume está no ar, sinto ainda o calor do teu abraço.

Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Não és tão somente objeto do desejo, o que sinto transcende o universo da matéria,
Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Devaneios invade-me a alma, já não há razão senão “as razões do coração”.

Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.
Não posso responsabilizar-te pelo o que sinto, nem obrigar-te a amar,
Compreenda que o amor é tudo o que sinto e isso eu posso partilhar.
Fuja de mim meu amor, enquanto há tempo.